As quedas da própria altura chegam a até 30% dos acidentes domésticos e são responsáveis por limitações severas e até mortes. Segundo dados da Universidade Federal de São Paulo, 29% dos idosos caem ao menos uma vez ao ano e 13% caem de forma recorrente. Saiba o que fazer para prevenir este e outros tipos de acidentes domésticos com idosos.
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ToggleAcidentes domésticos com idosos
Os acidentes domésticos mais comuns com idosos são quedas, cortes, engasgos, intoxicações (alimentares/medicamentosas), queimaduras e choques (fonte: USP). Destes, as quedas são a maioria e também constituem os acidentes mais graves.
Quando acidentes domésticos com idosos acontecem, as primeiras medidas a serem tomadas pelo cuidador de idosos incluem comunicar os familiares responsáveis e seguir (se disponível) o plano de ação para emergências.
DICA ACVIDA CUIDADORES: o Diário do Cuidador de Idosos da Acvida, disponível gratuitamente, prevê a criação de um plano de ação para emergências. Baixe gratuitamente aqui.
O comentário da enfermeira reforça a necessidade de profissionais cuidadores treinados, capazes de seguir orientações técnicas adequadas e também capazes de acalmar a vítima e as demais pessoas envolvidas.
Como o cuidador pode ajudar a diminuir acidentes domésticos com o idoso?
O cuidador é responsável pelas atividades de vida diária tais como alimentação, higiene pessoal, medicação de rotina, acompanhamento aos serviços de saúde e demais rotinas cotidianas, ajudando na qualidade de vida e segurança do idoso.
Sugerir adaptações para a casa, ou mesmo evitar o uso de objetos que possam representar riscos, ajuda efetivamente a reduzir as chances de problemas envolvendo idosos.
Confira 7 dicas que podem prevenir os acidentes domésticos mais comuns.
Quedas acidentais
- Este problema pode ser minimizado mantendo-se alguém ao lado do idoso a maior parte do tempo, seja um cuidador familiar ou profissional;
- No banheiro, atenção às áreas molhadas (utilize barras e tapetes antiderrapantes): leia nosso artigo sobre como evitar quedas do idoso no banheiro;
- Ainda: a arquitetura deve ser adequada às necessidades do idoso, confira dicas de uma especialista;
- Saiba mais sobre como o cuidador pode evitar quedas corriqueiras: clique aqui;
- Para mais detalhes sobre a segurança no deslocamento do idoso na residência, clique aqui.
Cortes em idosos
Idosos dependentes, assim como aqueles com as funções cognitivas prejudicadas, não devem manusear facas, tesouras e outros objetos cortantes. Aqueles com qualquer tipo de limitação só devem fazê-lo sob supervisão de um cuidador ou familiar, e sempre de forma compatível com suas capacidades.
Queimaduras em idosos
Valem as mesmas dicas acima para o uso de fogões e outros objetos que gerem calor. Mais: evite que o idoso permaneça desacompanhado na cozinha ou em áreas como churrasqueiras, pois superfícies aquecidas podem causar queimaduras tão graves quanto aquelas causadas por contato direto com o fogo e demais fontes de calor.
Engasgos em idosos
Problema comum, nunca deve ser negligenciado pois pode evoluir para situações graves como uma pneumonia por aspiração. É necessária avaliação médica para determinar o tipo de dieta mais adequada (sólida, pastosa, líquida) em idosos com dificuldade de deglutição, particularmente pacientes com demências, e o uso de espessantes para o consumo de líquidos;
Saiba ainda como desengasgar um idoso em 3 passos: conheça a Manobra de Heimlich.
Intoxicação alimentar em idosos
Para conhecer e evitar o problema, sugerimos a leitura de nossos artigos sobre a segurança alimentar, sobre diarreia e sobre problemas gastrointestinais em idosos.
Intoxicação medicamentosa
Neste caso, a velha máxima “não consuma remédios sem orientação médica” ainda é a melhor alternativa.
Choques em idosos
Para evitar choque em idosos, algumas dicas se fazem úteis:
- Diferente de crianças, que podem inserir os dedinhos em buracos de tomadas, é mais comum que idosos tomem choques por manusear fiação exposta (desencapada) ou máquinas sem o adequado aterramento elétrico. Enquanto o primeiro problema pode ser evitado com atenção por parte de cuidadores e familiares, o segundo pode exigir uma revisão nas instalações elétricas da casa;
- Fiação aparente, extensões elétricas, benjamins (T´s de tomadas), gambiarras em geral: nada disso é bem vindo em casas com idosos;
- Sistemas elétricos (como quadros de luz, disjuntores e a própria fiação) podem ser especificados para durar até 50 anos, mas diversos fatores contribuem para diminuir sua vida útil para até menos de 20 anos, em particular em construções concluídas até o ano 2000. Na maioria dos casos, a troca da fiação elétrica, dos disjuntores antigos e a instalação de um disjuntor diferencial residual (disjuntor DR ou dispositivo DR) é capaz de promover proteção adequada à pessoas e animais domésticos;
- Se desconfiar de suas instalações, ou se estas apresentarem problemas recorrentes de queda de disjuntor, aquecimento de fiação ou tomadas, choques em paredes ou elementos de iluminação (mesmo que leves), solicite a avaliação de um especialista em eletrotécnica (técnico eletricista ou engenheiro eletricista).
Conhecer mais sobre acidentes domésticos ajuda a preveni-los.
Conheça também a ABECI: Associação Brasileira dos Empregadores de Cuidadores de Idosos.
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