Síndrome do entardecer, também conhecida como síndrome do pôr do sol, é condição comum (e difícil) para pessoas com a doença de Alzheimer e seus cuidadores. Agitação, irritação e agressividade são alguns dos sintomas que dificultam a vida do cuidador nesses momentos. Leia esta publicação para entender o que pode ser feito.
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Quem convive com um amigo, cônjuge ou familiar que tem Mal de Alzheimer certamente já percebeu que o seu comportamento tende a mudar ao longo do dia, particularmente ao final da tarde. Essa é a chamada síndrome do pôr do sol, com sintomas peculiares e que se repetem dia após dia.
Idosos
Essa condição deixa o idoso muito confuso, ansioso e irritado, inclusive com dificuldade de se localizar no tempo e espaço. Não são raros os casos em que, mesmo estando em casa, ele pede para ir embora. Essa angústia toda deixa as pessoas no entorno sem saber o que fazer.
Para contribuir com a compreensão da síndrome do pôr do sol e de como agir quando ela se manifesta, preparamos essa publicação sobre o assunto. Continue acompanhando e fique por dentro!
O que é a síndrome do pôr do sol em idosos?
Para explicar, vamos exemplificar uma situação vivida pela família Castro em Belo Horizonte-MG (todos os nomes citados são fictícios).
Causas e fatores agravantes da síndrome do pôr do sol
Suas causas estão relacionadas as alterações cerebrais do nosso relógio biológico. O paciente pode ficar confuso com o ciclo de sono e vigília, algo comum em especial na fase intermediária do Alzheimer.
A síndrome do pôr do sol está relacionada à demência?
Há uma estimativa de que cerca de 30% dos pacientes com Alzheimer sejam afetados pela síndrome do pôr do sol. Indivíduos com outras demências também podem ser atingidos.
Essa instabilidade fisiológica e psíquica também pode afetar o ritmo cardíaco, algo que não pode simplesmente ser ignorado; se estiver presente, carece de avaliação médica.
Síndrome
Dentre as causas e fatores agravantes da síndrome do pôr do sol, destacamos:
- Cansaço intenso;
- Fome ou sede;
- Tédio;
- Dores;
- Mudanças de temperatura;
- Mudanças de iluminação;
- Necessidades não satisfeitas;
- Depressão;
- Rupturas no relógio biológico;
- Jet lag (diferenças de fuso horário comuns em viagens longas);
- Dificuldade de discernir a realidade de sonhos;
- Infecções do trato urinário, entre outras.
Principais sinais e sintomas da síndrome do pôr do sol
Todas as alterações desencadeadas ao entardecer podem levar, em idosos com demência, a sintomas conhecidos.
Quais são os sintomas e sinais da síndrome do pôr do sol?
- Ansiedade;
- Irritação e inquietação;
- Mudanças bruscas de humor;
- Tristeza;
- Confusão mental;
- Aumento de energia;
- Delírios e alucinações;
- Temores e receios;
- Desorientação;
- Agitação intensa;
- Percepção de sons e coisas irreais;
- Entre outros.
Mesmo pessoas que são conscientes, lúcidas e cognitivamente ativas podem ser afetadas por esses sintomas. Em alguns dos casos, a síndrome do pôr do sol pode diminuir com o tempo ou persistir, inclusive intervindo no ciclo de sono e causando sonolência durante o dia e agitação à noite.
Tratamento e dicas para minimizar a síndrome do pôr do sol
Nem sempre é necessária uma intervenção medicamentosa para obter progressos no controle do problema. Muitas vezes, simples mudanças de hábitos e atitudes já fazem a diferença.
Para combater a síndrome do pôr do sol, uma das recomendações é intensificar a luminosidade. Se necessário, aumente as luzes da casa e deixe elas acesas desde o final da tarde, sem esperar que a noite chegue para acioná-las.
Essas e outras dicas fazem parte do tratamento que médicos geriatras prescrevem para estimular a orientação dos pacientes e evitar a confusão mental.
Como lidar com a síndrome do pôr do sol em idosos?
- Manter uma rotina de sono constante (com horários bem definidos);
- Estabelecer horários bem definidos para as atividades cotidianas, incluindo a higiene pessoal;
- Planejar atividades mais intensas durante o dia para que a energia seja liberada nos momentos certos;
- Intensificar a exposição à luz solar de dia e escurecer bem o quarto à noite;
- Limitar o consumo de açúcar e de cafeína;
- Limitar o tempo de sono (cochilos) ao longo do dia;
- Reduzir ruídos e estímulos visuais à noite, o que inclui mexer no celular, assistir televisão e usar o computador;
- Manter objetos e fotos familiares na decoração de casa para criar um ambiente mais acolhedor e seguro;
- Manter uma luz fraca acesa à noite quando o ambiente é desconhecido;
- Ouvir músicas mais suaves depois do entardecer, como música clássica, para reduzir a ansiedade.
Esses são somente alguns exemplos. Profissionais da saúde e cuidadores qualificados costumam compreender bem as necessidades dos idosos e portadores da doença de Alzheimer, para ajudar a colocar em prática hábitos mais saudáveis, visando evitar as consequências da síndrome do pôr do sol.
Se precisar de ajuda para encontrar cuidadores de idosos qualificados, conte com a Acvida.