Síndrome da Fragilidade: o que cuidadores de idosos e familiares precisam saber

Pessoas da terceira idade podem ser acometidas pela Síndrome da Fragilidade, condição que pode deixá-las mais susceptíveis à problemas agudos, baixa na imunidade (com aumento de risco para infecções), dentre outros fatores que merecem atenção. Confira.

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O que é Síndrome da Fragilidade

A síndrome da fragilidade é considerada uma condição genética de origem neuroendócrina, que gera maior vulnerabilidade às doenças ou estresses agudos nos idosos, sendo caracterizada por massa e força muscular reduzida e baixa energia para as atividades do dia a dia. Uma baixa imunidade também pode ser outra consequência grave.

Síndrome da Fragilidade do idoso

A síndrome da fragilidade do idoso não é considerada doença e tem conceito de condição clinica diagnosticável, sendo observado o declínio das reservas fisiológicas e funcionais em diversos sistemas, o que pode trazer uma diminuição na tolerância fisiológica e psicológica de estressores e expositores a riscos.

A condição aumenta o risco de acontecimento de eventos adversos à saúde, podendo tornar o idoso mais dependente tanto física como psicologicamente, e pode ser mais prevalente em indivíduos em que fatores como ansiedade e depressão estejam presentes, além de comorbidades.

Síndrome da fragilidade em idosos

São três as principais alterações relacionadas ao processo de envelhecimento: sarcopenia, desregulação neuroendócrina e disfunção do sistema imunológico. Em função destas, o idoso pode apresentar perda de peso não intencional, autorrelato de fadiga e/ou exaustão, diminuição da força muscular, lentidão na velocidade de marcha e baixa predisposição à atividades físicas e a atividades cotidianas.

Avaliação da Síndrome da Fragilidade

O geriatra é o médico adequado para identificar a síndrome da fragilidade e prescrever tratamentos ou orientações.

Mas é essencial citar que, independente da presença ou não da condição, do ponto de vista de cuidadores de idosos e familiares, as seguintes perguntas devem ser feitas no cuidado ao indivíduo dependente:

  • As necessidades do idoso são atendidas pelos cuidadores?
  • Os familiares, e quando possível o próprio idoso, reconhecem isso?
  • Há algo mais que possa ser feito para melhorar a qualidade de vida do idoso do ponto de vista físico, psicológico e espiritual?

Cuidadores de idosos domiciliares oferecem cuidados paliativos, que resumem-se na máxima:

As funções do cuidador incluem oferecer a melhor qualidade de vida que a condição do idoso permite.

Adriano Machado, fundador da Acvida Cuidadores

Neste contexto, avaliações ou diagnósticos servem tão simplesmente para estabelecer limites, nunca para determinar o que deve ser feito no dia-a-dia. A rotina do idoso deve ser pensada sempre com base na satisfação de suas necessidades pessoais, atividades de vida diárias e bem-estar, nunca em prognósticos.

Deve-se viver um dia de cada vez, e lembrar-se que a condição de dependência ou fragilidade não deve ser impedimento para a felicidade.

O objetivo principal dos cuidados é deixar a pessoa assistida feliz.


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