Cuidado com o idoso dependente exige conhecimento por parte do cuidador. O cuidado com idosos decorre da redução das capacidades funcionais causada pelo envelhecimento natural. Confira o que cuidadores e familiares precisam saber.
A dependência parcial se dá quando o idoso é capaz de desenvolver algumas atividades de vida diária com independência ou supervisão. Um exemplo desse quadro seria um idoso em processo demencial com prejuízos severos à memória e à cognição, mas que ainda se locomove e se alimenta sem ajuda.
Outra possibilidade é quando o idoso mantém preservadas as suas capacidades mentais, mas alguma limitação física o incapacita para realizar sua higiene e locomoção. Pelo menos uma das capacidades de vida diária deve estar comprometida para caracterizar a dependência parcial.
As gerentes de escala Rafaela Xavier (enfermeira) e Gleyciane Ribeiro (em conclusão do curso Técnico de Enfermagem) respondem algumas perguntas enviadas por nossos leitores.
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O Cuidador de idosos é um profissional de saúde?
O cuidador de idosos deve se preparar para atender mais que as demandas físicas do idoso. Cuidadores devem ter uma visão multidisciplinar, além de tratar o idoso como gostariam de ser tratados.
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ToggleAtenção diferenciada ao idoso
Ao cuidar de pessoas na terceira idade, muitas vezes nos deparamos com uma dúvida: o que é mais importante no cuidado a idosos e pessoas dependentes?
Pois bem, antes de tratar este tema, o artigo começa com uma pergunta: você gosta de música? Eu nunca havia tido contato com instrumentos musicais até comprar uma gaita. Logo resolvi fazer algumas aulas.
Com muito esforço consegui tocar aquela sequência breve de 3-4 musiquinhas repetitivas, quase infantis, de notas longas e sem graça que soavam como um “martírio sonoro” para as pessoas próximas.
Exceto para minha avó, para quem o som harmônico daquele pequeno e frio instrumento soava como um concerto particular. Foi tocando minha gaita que eu descobri algo inusitado, que num primeiro momento nada tem a ver com cuidadores de idosos e suas atribuições.
O verdadeiro cuidador, profissional ou não, aquele que se dedica de corpo e alma a quem precisa de seus cuidados, em algum momento se depara com a situação de questionar-se sobre se está exagerando no zelo.
O que é mais importante no cuidado com o idoso dependente?
Muito se fala sobre os cuidados com a higiene do idoso, o controle de medicação do idoso, de sua alimentação, do agendamento de consultas e tantas outras atribuições de um cuidador. Mas quem vive o dia a dia do cuidador sabe que, se o cuidador se dedicar apenas a isso, deixará inevitavelmente faltar algo.
O cuidado com o idoso vai além das atividades de vida diária que são responsabilidade do cuidador. É importante dar atenção a outros aspectos como, por exemplo, o emocional, fazer com que o idoso se sinta bem na presença do cuidador.
Sabemos que com o passar dos anos, as perdas, a idade avançada, a carência e o vazio podem chegar até a pessoa cuidada. Ela pode querer atenção de diversas formas, ou buscar algo que preencha seu dia e alegre seu coração.
Muitas vezes, as pessoas da terceira idade sentem-se excluídas, sentem que não fazem mais parte da família e nem da comunidade, pensam que não podem mais contribuir com nada, o que pode deixá-las tristes.
É nesse contexto que surge a importância do cuidado multidisciplinar com o idoso. E não me refiro ao atendimento por profissionais de saúde como fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais (também muito importantes).
Me refiro à atenção psicológica, ao acolhimento que um ser humano precisa receber dos demais para se sentir acolhido. E, para isso, o idoso deve se sentir útil e valorizado.
Velhice não é doença
Além de fazer com que o idoso se sinta compreendido, é importante pensar em estratégias que permitam a colaboração dele também, levando em consideração que a capacidade cognitiva não é a mesma de antes.
Por isso, é importante que a pessoa tenha o apoio e a atenção daqueles que o rodeiam. Assim, será mais fácil dele (o idoso) aceitar a condição atual. É responsabilidade de todos os envolvidos no cuidado com o idoso (cuidadores, familiares, profissionais de saúde) prover mais qualidade de vida.
Vale frisar que o convívio social ajuda a manter a saúde em dia, afastando a depressão. O cuidador, então, deve incentivar o idoso a participar de atividades de grupo e até mesmo levá-lo para rever os amigos de longa data, se isso for possível.
ATENÇÃO: O mais importante no trabalho de um cuidador, afinal, é buscar novas formas de fazer com que a pessoa cuidada, se sinta melhor na companhia do cuidador do que sem ela.
O que uma pessoa idosa precisa?
Idosos geralmente demandam cuidados de outra pessoa devido à redução das capacidades funcionais causadas pela senescência (envelhecimento natural) ou pela senilidade (causado por alguma doença que promove a demência).
Sequelas ou evoluções de doenças cardiovasculares, degenerativas e reumáticas podem trazer limitações e a necessidade de apoio na execução dos cuidados da rotina diária. As consequências de traumas, como prejuízos motores, também podem fazer parte dos motivos que causam a dependência de cuidados.
Os cuidados que geralmente são demandados devem suprir a dificuldade ou incapacidade que o idoso tem para realizar uma atividade de vida diária. Geralmente, esses cuidados se referem à higiene, alimentação, medicação e locomoção
Cuidados de enfermagem e cuidadores de idosos
O cuidador de idosos é um profissional que deve trabalhar sempre sob supervisão direta, seja de um familiar, seja de profissionais de saúde. Isto está definido na CBO 5162-10 (Classificação Brasileira de Ocupações) do Ministério do Trabalho. Na falta de regulamentação da profissão, esta norma tem pautado as atividades de cuidadores no Brasil.
Adriano Machado, fundador da Acvida Cuidadores
Pergunta do leitor: Que tipo de orientação um profissional de enfermagem pode oferecer para o cuidador desenvolver suas atividades com mais segurança para ele e para o idoso assistido?
Gleyciane: O profissional de enfermagem pode oferecer orientações específicas ao cuidador relacionadas diretamente a sua segurança e aos cuidados que serão prestados, e também a segurança dos demais envolvidos, seja no atendimento ou no ambiente em que o atendimento acontece, como uso e o descarte correto dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual, como luvas e máscaras) e materiais perfurocortantes como a agulha da insulina.
Limpeza do ambiente
Pergunta do leitor: Sobre a manutenção do ambiente, como a limpeza do banheiro da pessoa assistida, o que o cuidador pode ou não fazer?
Gleyciane: Sim, a limpeza do banheiro e a manutenção do ambiente do idoso, são funções do cuidador e não menos importantes, tendo como uma atribuição do cuidador manter o ambiente limpo e organizado, pois através dessa manutenção minimizamos os problemas alérgicos, que podem desencadear por exemplo uma crise de asma.
Higiene do idoso
São todos os cuidados que promovem limpeza do corpo, como o banho (aspersão ou chuveiro, ablução ou leito), higiene genital nas trocas de fralda, higiene oral e limpeza de vestuário, do ambiente e dos objetos de uso do idoso (equipamentos, mobiliário e utensílios).
Também estão enquadradas nas atividades de higiene as tarefas acessórias, como aparar as unhas, realizar tricotomia e fazer a barba.
Banho do idoso
O banho é o cuidado mais completo e importante para remover as sujidades do corpo. Tem sua maior eficiência no chuveiro ou aspersão, pois a água corrente e o sabão juntos eliminam grande parte da matéria orgânica da superfície da pele. Na impossibilidade do uso do chuveiro, outras opções podem ser escolhidas, como banho de ablução ou banho no leito.
O banho de ablução é aquele realizado quando o assistido pode ser posicionado em local onde seja possível jogar água morna em seu corpo com um recipiente, uma mangueira ou uma ducha.
O banho no leito é realizado na impossibilidade de se transportar o idoso para o banheiro ou outro local para aspersão e é indicado para pessoas restritas ao leito ou totalmente dependentes.
Alimentação do idoso
Pergunta do leitor: Sobre o preparo da alimentação, o que o cuidador pode ou não fazer?
Gleyciane: Desde que o idoso não tenha nenhuma restrição alimentar não existem observações que podem ser feitas acerca da alimentação do paciente, vale ressaltar que o cuidador não tem obrigação de fazer pratos mais elaborados. O cuidador é responsável pela alimentação apenas do seu paciente e pela sua própria refeição.
É uma atividade essencial para a manutenção da vida humana e deve ser feita por um terceiro no caso de incapacidade por parte de um idoso. Esse cuidado inclui desde preparar a refeição, colocar e cortar os alimentos no prato, até servir a refeição na boca do assistido.
Para definir o tipo de processamento do alimento, o tamanho apropriado das porções oferecidas e a forma mais adequada de administração da dieta, devem ser observadas as condições do assistido para receber alimentação, capacidade de mastigação e deglutição.
Assistidos com capacidade alimentar preservada geralmente consomem alimentos na consistência normal, de forma independente ou servidos por outra pessoa. Diante de algum comprometimento orofaríngeo para a ingestão de alimentos, a apresentação da dieta e a forma de administração devem ser adaptadas.
A saúde oral repercute na qualidade da alimentação, pois a capacidade de mastigação e deglutição é muito importante no processo de nutrição e aproveitamento dos alimentos.
Demandas da alimentação do idoso
O cuidador deve conhecer a situação alimentar de seu assistido para atender as demandas necessárias, como preparo e processamento dos alimentos pastosos, técnica para servir o alimento em caso de prejuízo na deglutição e prevenção de aspiração.
Dieta livre ou com restrição de algum componente: mesmo que o assistido não tenha nenhuma restrição alimentar, o responsável pelo preparo e por servir a dieta deve ter noções sobre alimentação saudável. Nesse caso, uma das responsabilidades do cuidador é prezar pela prevenção de agravos pelo consumo exagerado ou insuficiente de algum alimento.
De forma geral, evitar consumo excessivo ou consumir moderadamente gorduras, açúcar e sal são condutas que promovem a saúde de qualquer pessoa. No momento de fazer o prato, os alimentos devem ser bem escolhidos e servidos em quantidades adequadas.
Por exemplo, escolher um tipo de carboidrato (arroz, macarrão, milho, batata inglesa, baroa ou doce, mandioca, cará, inhame), um tipo de leguminosa (feijão, ervilha, lentilha, grão de bico, soja), um tipo de proteína animal (carne de boi, frango, peixe, ovo), verduras e legumes.
Preparo dos alimentos
Geralmente, as frutas podem ser consumidas no café da manhã e nos lanches. As quantidades são usualmente convencionadas por medidas caseiras de acordo com a quantidade recomendada considerando uma dieta de 2000 calorias. Essa base calórica se refere a uma quantidade média diária para o consumo de um adulto.
O preparo dos alimentos deve ser realizado respeitando as preferências e os costumes familiares e, principalmente, as necessidades e restrições individuais. Os alimentos devem ser bem higienizados (vegetais) e cozidos (carnes e ovos) antes de serem servidos e consumidos.
Dieta pastosa para o idoso
O preparo e a escolha devem seguir os mesmos critérios mencionados acima. A diferença será apenas a consistência na qual os alimentos serão servidos. Ausência de dentes, lesões na cavidade oral e garganta, dificuldade ou incapacidade para mastigar e engolir e refluxos são alguns dos problemas que podem aparecer em idosos com dependência parcial ou total.
Dieta líquida para idosos
São usualmente usadas para pessoas que usam sonda gástrica, pois o alimento necessita estar sem nenhum fragmento espesso para fluir livremente pelo sistema sem obstruí-lo.
Normalmente, são preparados seguindo a orientação de um nutricionista ou podem ser alimentos industrializados adquiridos segundo sua prescrição. Deve-se ter o cuidado de infundir água pela sonda após a administração da dieta para lavar o sistema.
Mesmo com dificuldade para deglutir, o idoso deve comer alimentos pela boca e em pequenas porções a cada colherada.
O cuidador pode aplicar medicamentos?
Pergunta do leitor: Sobre a oferta e controle da medicação, o que o cuidador pode ou não pode fazer?
Gleyciane: O cuidador deve ficar atento ao suprimento de medicação do assistido de forma a se evitar que falte algum tipo de medicação que seja necessária para o atendimento. Sempre que receber uma nova medicação verificar se a dosagem fornecida está de acordo com a prescrita.
Orienta-se que as medicações sejam abertas apenas no momento em que forem ser administradas e sempre tendo atenção para administrar a medicação correta. Quando houver algum medicamento novo ou troca de dosagens observar se o assistido irá apresentar algum tipo de rejeição.
Feridas em idosos
Pergunta do leitor: Sobre as feridas, o que o cuidador pode ou não pode fazer?
Rafaela: Dependendo do grau da ferida é necessário a avaliação de um profissional de enfermagem de nível superior, tendo como um problema comum e recorrente as lesões por pressão, podendo ser evitada quando realizado prevenções de forma correta, sendo elas, a mudança de decúbito, hidratação da pele e a proteção em proeminências óssea.
O cuidador tem o papel fundamental neste cuidado, não podendo esquecer de registrar no diário do cuidador, características das feridas, procedimentos executados e anormalidades apresentadas.
Medicação do idoso
A administração de medicamentos é a uma das tarefas que exige muita responsabilidade e atenção por parte do cuidador. É necessário ter informações básicas sobre os medicamentos, como a indicação, a dose e os possíveis efeitos, além da sua via de administração, os horários e as interações medicamentosas referidas pelo médico.
As interações medicamentosas mais comuns são entre medicamentos diferentes tomados concomitantemente, quando os efeitos de um ou ambos poderão ser potencializados, reduzidos ou até inativados.
Medicamentos também podem interagir com alimentos, podendo dificultar ou melhorar a sua absorção. Então, o médico normalmente orienta a sua ingestão antes ou depois de refeições, dependendo do tipo de medicação prescrita.
Como ajudar um idoso a se locomover?
Locomoção e transferências
São as atividades mais desgastantes para um cuidador e demandam técnica e preparo físico. O risco de lesões existe tanto para o assistido como para o cuidador, por isso as movimentações devem ser realizadas com o máximo de atenção e segurança possíveis.
Mesmo quando a locomoção é apenas apoiada ou o idoso utiliza equipamentos como muleta, bengala ou andador, o cuidador deve estar sempre próximo para ampará-lo em caso de necessidade. Além do mais, o trajeto deve estar livre e sem nenhum obstáculo para facilitar a locomoção e evitar acidentes.
Na impossibilidade do uso de equipamentos para locomoção guiada pelo próprio assistido, outras pessoas deverão assumir essa função juntamente com o auxílio de outros equipamentos, como cadeira de rodas e banho ou guincho.
Entretanto, mesmo lançando mão de dispositivos para auxiliar nas transferências e transportes, em algum momento o apoio do cuidador será necessário, nem que seja para acomodar o idoso na cadeira de rodas ou de volta na cama.
Saúde física do cuidador
A saúde e a integridade física do cuidador devem ser preservadas tanto quanto a do idoso, pois ambos são necessários para o processo do cuidado acontecer e gerar benefícios mútuos. O cuidador deve ter preparo técnico para executar a transferência e o transporte do assistido e jamais deve realizar tal cuidado sozinho se não tiver segurança.
Alterações de comportamento no idoso
São mais evidentes nas fases demenciais moderadas e podem se apresentar como agitação, comportamento sexual inadequado, perambulação e agressividade, concomitantes ou não.
O cuidador deve tentar identificar se o comportamento tem algum fundamento gerado por um desconforto ou desejo, como frio, calor, fome, sede, vontade de urinar, evacuar, roupa apertada, reprodução de um velho hábito (ir ao trabalho), medo ou insegurança.
Com a perda da noção de moralidade, de normas e condutas compatíveis com nossa cultura, os idosos podem seguir os instintos mais primitivos e apresentar comportamento inadequado por não conseguirem mais expressar por palavras suas vontades ou desconfortos.
Sinalizar a casa, dar um passeio com o idoso e até colocá-lo em lugar reservado são iniciativas que podem resolver o problema. Em qualquer situação de comportamento inadequado, o cuidador ou familiar deve manter a calma, argumentar tranquilamente e desestimular a atitude com tom de voz brando.
Gritar, tentar conter ou agitar-se com a situação pode piorar ainda mais o quadro. No caso de falha de todas as tentativas, o mais indicado é retirar o idoso do local, mas nunca constrangê-lo, mesmo que ele não tenha consciência do que está acontecendo.
Quando um idoso é considerado independente?
- Quando um idoso tem a capacidade cognitiva prejudicada, mas se locomove sem ajuda, ele é considerado independente.
- Um idoso com dificuldade na marcha deve sempre tomar banho no chuveiro sentado.
O que o cuidador deve fazer para melhorar o cuidado com o idoso
Pergunta do leitor: O trabalho do cuidador é “fazer pela pessoa assistida, tudo o que ela mesma faria, caso não tivesse as limitações próprias de sua condição de saúde ou idade”. Mas há limites, poderiam citar exemplos?
Rafaela: Se o assistido ainda for capaz de realizar alguma atividade de vida diária, como por exemplo, as que são relacionadas ao autocuidado com o corpo e auto-preservação é importante estimular para que ele mesmo as realize, tendo sempre a supervisão do cuidador, bem como as atividades relacionadas a integração social.
Cuidadores e enfermagem
Existem cuidadores que possuem formação em enfermagem. É possível que, por exemplo, possam aplicar uma injeção no paciente em seu domicílio enquanto cumprem suas atividades de cuidador?
Gleyciane: Não, mesmo com formação em enfermagem, atuando como cuidador não é permitido realizar procedimentos invasivos no paciente, diferente do técnico que atua na home care, onde se tem um controle e um respaldo legal para executar tais atividades.
Diário do cuidador de idoso
Qual a importância do Diário do Cuidador para a realização das atividades deste profissional?
Gleyciane: O Diário do Cuidador apresenta-se como uma ferramenta de respaldo ao profissional, e também como uma forma de comunicação entre os demais envolvidos do atendimento ao idoso.
Tem sido bastante utilizado por algumas famílias em consultas médicas, pois através das anotações do cuidador, os profissionais envolvidos no atendimento conseguem observar com maior clareza a rotina do paciente e também identificar alguns problemas clássicos na saúde do idoso, como exemplo a constipação.
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Ética profissional do cuidador de idosos
Pergunta do leitor: O Diário do Cuidador da Acvida introduziu os “10 mandamentos do cuidador”. Como consta no site da empresa, estes foram tirados de situações do dia a dia que os profissionais da empresa viveram ao longo dos últimos 7 anos. Podem comentar (com exemplos) situações do dia a dia que inspiraram os 10 mandamentos?
Rafaela: Situações como a falta de diálogo entre os colegas de trabalho, inspirou a criação de um dos mandamentos que cita a importância do trabalho em equipe. A realização da passagem de plantão, onde são repassadas toda a rotina e mudanças que ocorreram no período, é um exemplo de trabalho em equipe.
Cuidadores de pessoas dependentes
Cuidadores de pessoas menos dependentes devem observar principalmente as atividades de conforto psicológico, companhia, oferta da medicação. Podem citar exemplos de outras atividades comuns nestes casos?
Gleyciane: Passeios, jogos e atividades que estimulem o cognitivo.
Cuidadores de pessoas acamadas ou cadeirantes devem observar principalmente as atividades de higiene, conforto físico, cuidados com a pele. Podem citar exemplos de outras atividades comuns nestes casos?
Gleyciane: A atenção com os horários mudança de decúbito para pacientes acamados e alguns exercícios orientados por profissionais como fisioterapeuta podem ajudar a minimizar dores nas articulações e melhorar a qualidade de vida.
Importância do cuidado a si mesmo
“Se você não se cuidar, não será capaz de cuidar de ninguém”. Podem explicar como isto se aplica ao cuidador do ponto de vista físico e psicológico?
Gleyciane: O cuidador precisa ter boas condições físicas e psicológicas para prestar um bom atendimento e não colocar o idoso e nem a si próprio em risco.
Por exemplo, o cuidador que eventualmente tenha algum problema de coluna poderá não conseguir fazer uma transferência segura do seu paciente, o que pode ocasionar uma queda ou lesões.
Ao que se refere a parte psicológica, o cuidador que tem algum problema relacionado a fragilidade emocional pode não entender algumas situações apresentadas pelo assistido que está acometido por algum tipo de demência, tendo a tendência a reverter o que foi dito para o lado pessoal.
Manter- se atualizados com cursos, leituras e estudos é essencial para um profissional cuidador, a Acvida possui um blog onde é abordado diversos temas relacionados à saúde do idoso sendo atualizados semanalmente.