Vacina Covid-19: tudo o que familiares e cuidadores precisam saber para proteger os idosos

Vacina Covid-19 se tornou um dos termos mais pesquisados em sites de busca e redes sociais desde o início da pandemia, em particular após o início das campanhas de vacinação em muitos países, inclusive o Brasil. Saiba tudo o que cuidadores e familiares de idosos dependentes devem saber sobre o tema, e acompanhe os esquemas de vacinação.

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Vacinação contra Covid 19

Iniciada na segunda metade do mês de janeiro de 2021, a vacinação contra Covid 19 no Brasil começou por imunizar grupos específicos (como profissionais de saúde diretamente envolvidos) e logo chegou a grupos mais vulneráveis, como dos idosos.

No Distrito Federal, assim como em outras unidades da federação, muito internos em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) já foram imunizados, e o mês de fevereiro de 2021 marca o início das campanhas voltadas para toda a população acima de 80 anos, os super-idosos.

E, neste ponto, muitos se perguntam: devemos vacinar ou não vacinar?

Idosos podem tomar a vacina para Covid?

Com tanta desinformação circulando pelas redes sociais e mesmo pela imprensa tradicional, não é incomum as pessoas se perguntarem se as vacinas disponíveis são seguras, se são eficazes, se são indicadas para determinados grupos.

Confira a nota que a SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia) soltou logo após o início da vacinação no Brasil:

“…a doença causada pelo novo Coronavírus apresenta seus maiores impactos sobre a
população idosa
, principalmente entre os subgrupos mais vulneráveis clinicamente:
pacientes frágeis, portadores de síndromes demenciais, de doenças crônicas e
moradores de Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI).

infelizmente não existem medicamentos preventivos ou tratamentos precoces com
efetividade demonstrada em estudos clínicos controlados de qualidade para COVID-19.

RESSALTAMOS que o impacto da VACINAÇÃO extrapola o
benefício individual
por tratar-se da mais eficaz estratégia de BLOQUEIO
EPIDEMIOLÓGICO de surtos epidêmicos ao longo da história.

A SBGG é FAVORÁVEL à ampla e IMEDIATA VACINAÇÃO de IDOSOS no Brasil,
sobretudo direcionada aos mais expostos e suscetíveis às graves formas da
COVID-19, suas complicações e a morte: IDOSOS FRÁGEIS, PORTADORES DE
DOENÇAS CRÔNICAS (incluindo demência) e MORADORES DE ILPI
.”

SBGG sobre o tema “Vacina Covid-19”

Para conferir a nota na íntegra, clique aqui.

A Acvida Cuidadores reforça seu posicionamento 100% alinhado com as diretrizes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), da OMS (Organização Mundial de Saúde) e da SGBB:

Todas as vacinas aprovadas pelos órgãos competentes DEVEM SER UTILIZADAS para proteger a população a quem se destinam, idosos inclusive, respeitados os protocolos aplicáveis, desde que não haja contraindicação médica.

Vacinação Coronavírus

Em muitas cidades e no Distrito Federal, postos de “Vacina Covid-19” fixos e drive thru foram instalados para atender à população acima de 80 anos.

A infectologista Valéria Paes, da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, reforça que é preciso ter cuidado durante o processo, pois pessoas com mais de 80 anos fazem parte do grupo de risco da Covid-19. Profissionais de saúde envolvidos na vacinação, os acompanhantes e os próprios idosos devem ficar atentos.

É preciso ter uma preparação por parte dos serviços que vão receber esse público, com organização e velocidade no atendimento, além de preparo, para que os casos suspeitos da covid-19 não cruzem com essas pessoas”, ressalta Valéria.

Conecte SUS – você já conhece?

O Ministério da Saúde incentiva todos a fazerem o cadastro prévio on-line, pelo aplicativo Conecte SUS, gratuito para celular ou tablet, ou pelo site www.conectesus-paciente.saude.gov.br. Isso ajuda as redes de saúde a definirem estratégias de vacinação e para controle do número de doses aplicadas, embora o cadastro não seja obrigatório.

Conecte SUS foi lançado no ano passado justamente para facilitar a comunicação entre o cidadão e os serviços do SUS no momento do isolamento. Nele, você consegue ver as farmácias populares, postos de saúde e hospitais mais próximos, emitir seu cartão SUS via celular, gerenciar consultas, exames, medicamentos e vacinas, dentre elas a “Vacina Covid-19”.

Aprenda a fazer seu pré-cadastro e usar aplicativos de vacina no celular, através dos serviços da Mais Vívida, parceiro da Acvida: clique aqui.

Vacinação Coronavírus para idoso

Assim como outros estados, o Distrito Federal anunciou a reativação do serviço apelidado de Telecovid, que permitirá a idosos com mais de 80 anos que estejam em sistema de Home Care, ou que tenham dificuldades de locomoção, serem beneficiados com o agendamento de vacinas.

Por meio dos telefones 190, 193 e 199, pessoas com mais de 80 anos e que apresentem problemas de locomoção, bem como pacientes do sistema Home Care privado, poderão agendar vacinação em domicílio.

Profissionais da Atenção Primária atuarão nos casos citados. As linhas telefônicas estarão disponíveis de segunda a sexta, entre 7h e 19h.

Vacina Covid-19: só a vacinação resolve?

A imunização esperada não está garantida após a primeira dose das vacinas, e mesmo após a segunda dose cada pessoa pode reagir de forma diferente. Por isso, cuidadores e familiares devem continuar com toda atenção no trato com seus idosos, em particular idosos dependentes e em condições frágeis de saúde.

Manifestação de Adriano Machado, fundador da Acvida Cuidadores, perante o tema “Vacina Covid-19”

É importante citar que, enquanto se fala em segunda, terceira ou em muitas ondas de contágio, o risco do Coronavírus não se estingue com a simples vacinação.

O tema é complexo e envolve diversos fatores, tais como a impossibilidade de se vacinar toda a população, a eficácia das vacinas para prevenir e/ou abrandar o desenvolvimento da doença, a capacidade de mutação do vírus (capaz de torná-lo mais infeccioso), a necessidade de aplicação de mais de uma dose dos imunizantes em intervalos específicos, dentre outros.

Assim, ao longo de 2021, quiçá por muitos anos mais, precisaremos conviver com atenção estrita sobre hábitos pessoais que podem influenciar a continuidade da pandemia.

Enquanto as autoridades de saúde utilizam termos distantes como índices ou coeficientes de isolamento, que remetem ao isolamento social e seus consequentes problemas associados (como ansiedade e depressão), aqui na Acvida focamos o problema no que cada ser humano pode fazer individualmente, sem despersonalizar ou terceirizar a responsabilidade:

  • Você utiliza máscaras em locais fechados ou na presença de outras pessoas?
  • Você tem o hábito de lavar as mãos após cada contato com terceiros e antes de cada refeição?
  • Você propaga notícias que não pode confirmar a veracidade ou a fonte?
  • Cuidador: você se higieniza adequadamente antes de entrar no ambiente do idoso?
  • Familiar: você estabelece rotinas claras e ajuda seu cuidador a manter a calma (cuidando do cuidador) durante o trato com o idoso?
  • Em eventos abertos, você presta atenção para não trocar/compartilhar talheres e copos?
  • Você dispensa a participação em eventos com aglomerações desnecessárias?

Nenhuma medida isolada resolverá a questão. Mais do que nunca, a vigilância individual é, e continuará sendo, o preço da liberdade coletiva.

Vacina Covid-19: vacine-se quando for o momento, mantenha bons hábitos de higiene (clique aqui para mais detalhes) e assim cuide de si e dos demais.