Neste artigo, iremos falar sobre a Ozonioterapia e suas aplicações terapêuticas e estéticas que podem ser úteis a idosos e suas famílias.
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Ozônio vem o grego “ozein” que significa “o que emite cheiro”, devido o seu odor característico. Foi descoberto pelo químico alemão Fredrich Shönbein em 1840.
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TogglePara que serve Ozonioterapia?
Ozônio é um gás natural, responsável pela proteção contra radiação ultravioleta na atmosfera terrestre. Sua fórmula química é composta por 3 átomos de oxigênio, enquanto o gás oxigênio que respiramos tem 2 átomos.
Constitui um agente de oxidação poderoso e desinfetante muito eficaz. O seu uso no tratamento de água é mundialmente difundido, pois possui potencial de desinfecção cerca de 3 mil vezes maior que o cloro.
O uso terapêutico do ozônio é justificado devido ao seu poder de ativar respostas antioxidantes endógenas. Em outras palavras, reduz o estresse oxidativo (produção de radicais livres decorrente do metabolismo do oxigênio) por aumentar algumas enzimas antioxidantes.
Em baixas doses possui efeito imunomodulador (capaz de aumentar a imunidade) e antioxidante. E doses maiores possui efeito imunossupressor e antimicrobiano, particularmente útil no tratamento de feridas (inclusive em idosos).
O primeiro registro de uso do ozônio com fins terapêuticos foi relatado na I Guerra Mundial, com o sucesso no tratamento de estados de putrefação (feridas) em soldados alemães.
Qual a reação do ozônio no corpo humano?
A reação do ozônio com os fluidos biológicos ocorre de duas formas:
- Capacidade oxidativa direta: quando age diretamente nas paredes das membranas microbianas e no bloqueio de mediadores da inflamação.
- Capacidade oxidativa indireta: quando interage com as biomoléculas produtos do estresse oxidativo (radicais livres) normalmente alterados e aumentados numa patologia.
O ozônio medicinal é obtido a partir do oxigênio medicinal convertido em geradores. Na verdade, o gás ozonizado utilizado nas terapias é uma mistura de oxigênio e ozônio (5% de ozônio apenas).
Sua indicação é ampla desde doenças infecciosas agudas e crônicas, doenças inflamatórias osteoarticulares, úlceras vasculares e gástricas, afeções de pele, doenças isquêmicas e degenerativas musculares (tão comuns em idosos).
Os efeitos locais do ozônio vão desde a ativação da microcirculação, melhora do metabolismo do oxigênio celular (estímulo mitocôndrial), estimulo do crescimento do tecido de granulação e epitelização, dentre outros.
Vários países utilizam ozonioterapia em seus sistemas de saúde como a Espanha, Alemanha, Cuba, China, Rússia, Portugal, Grécia, Turquia. Na primeira reunião internacional de escolas de Ozonioterapia em 2015 na Espanha, foi aprovada a Declaração de Madrid relacionada às abordagens terapêuticas para utilização do ozônio.
O documento descreve as doses e concentrações terapêuticas e as vias de aplicação na Ozonioterapia. Também determinou protocolos para tratamento complementar das doenças que respondem bem ao uso do ozônio.
No Brasil, algumas profissões da área da saúde possuem regulamentação para atuação em Ozonioterapia como a enfermagem, a odontologia, fisioterapia, farmácia e biomedicina.
Ozonioterapia na estética
O ozônio possui alta afinidade com os lipídeos, por serem mais sensíveis a oxidação. Diante disso observou-se também a aplicação para fins cosméticos e coadjuvantes no tratamento de adiposidades (gorduras) localizadas e celulites.
Em relação as propriedades de regeneração epitelial, aplica-se às condições cutâneas como acnes, queimaduras, cicatrizes, estrias e para redução do envelhecimento da pele.
Regulamentação da ozonioterapia
Em 2018 o Ministério da Saúde do Brasil incluiu a Ozonioterapia no rol de práticas integrativas e complementares.
O Conselho Federal de Enfermagem emitiu parecer normativo (001/2020) reconhecendo a Ozonioterapia como terapia complementar possível de ser realizada pelo enfermeiro (mediante capacitação profissional com carga horária mínima de 120 horas).
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Para saber mais sobre os benefícios da Ozonioterapia para todas as idades, acesse o Instagram da Enfermeira Camila Izabela @camilaiza_enfdermatoesteta.