Quais são as causas da desnutrição em idosos

Ao envelhecer, o organismo sofre alterações que podem afetar a ingestão e digestão adequada dos alimentos, assim como também há uma queda nos níveis de absorção de alguns nutrientes. Saiba mais sobre as causas da desnutrição em idosos neste artigo.

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A desnutrição é a ingestão inadequada, ou absorção inadequada, de nutrientes necessários para satisfazer as necessidades energéticas para o funcionamento normal do corpo.

Nos idosos é muito comum a perda de apetite, e consequentemente de peso. Isso está diretamente ligada a tratamentos por certos medicamentos, a própria idade avançada, a falta de uma alimentação adequada, ou até mesmo nos casos mais graves, ao agravamento de alguma doença. 

O fato da deglutição se tornar mais lenta com a idade, especialmente por volta dos 70, também atrapalha a alimentação.

Sintomas de desnutrição em idosos

Não é incomum que idosos percam peso. O sintoma mais comum da desnutrição em idosos é a perda de peso corporal; no entanto, não é apenas esse o principal sintoma, pois também podem surgir diarreia frequente, cansaço excessivo, baixa imunidade (resultando em infecções frequentes), dificuldade de concentração, falta de apetite, diminuição na temperatura corporal, apatia ou irritabilidade e inchaços generalizados.

Uma causa comum de desnutrição em idosos é a depressão. Também são causas a falta de apetite crônica, a piora na condição de síndromes demenciais, doenças psiquiátricas, sequelas neurológicas, más condições dentarias ou próteses mal adaptadas. Medicamentos que diminuem o apetite, ou dificultam a absorção de nutrientes, e suporte social insuficiente por parte de familiares e cuidadores também favorecem o problema.

Desnutrição no idoso: tratamento

Um dos tratamentos que pode ser administrado para reverter casos de desnutrição em idosos, é promover o aumento da quantidade de calorias ingeridas através da oferta de alimentos em porções reduzidas em 6-12 refeições por dia. Porções menores encorajam pessoas sem apetite a terminar logo, além de minimizar o tempo em que o organismo fica privado de alimentos.

Quando pacientes têm dificuldades em ingerir alimentos sólidos, podem ser utilizadas dietas a base de suplementos líquidos, garantindo assim os nutrientes necessários. Nestes casos, necessariamente um nutrólogo ou nutricionista deverá acompanhar o idoso. Para mais detalhes, sugerimos a leitura de nosso artigo sobre a segurança alimentar e a alimentação do idoso.

Desnutrição de idosos

A OMS (Organização Mundial da Saúde) alerta que os micronutrientes (vitaminas e minerais) tem papel importante na promoção da saúde e na prevenção de doenças entre idosos, e que a baixa ingestão de alimentos não é o único fator responsável pela desnutrição: a ingestão de comidas inadequadas, ou inadequadamente preparadas, também favorece quadros de desnutrição em idosos.

Muitos idosos sofrem com doenças relacionadas a fatores alimentares diversos. Uma dieta repleta em gorduras, por exemplo, pode acarretar desconfortos intestinais seguidos (como a flatulência ou gases) e diminuir a receptividade do idosos à comida, além de, em casos severos, favorecer o aparecimento do câncer de cólon, pâncreas e próstata. Excesso de açúcares e alimentos ultraprocessados podem ser efeito semelhante, com sintomas diversos.

Desnutrição em idosos

Assim, algumas dicas nunca saem de moda:

  • Tenha uma alimentação balanceada e bem distribuída como a da foto;
  • Prefira vegetais crus ou pouco cozidos àqueles levados ao fogo por muito tempo ou preparados em altas temperaturas;
  • Consuma azeite de oliva extra virgem cru (sem aquecê-lo);
  • Prefira arroz integral a arroz branco;
  • Se não comer feijão, inclua outras leguminosas como lentilha ou ervilha na refeição principal;

Se a intenção é ter uma dieta naturalmente equilibrada para evitar a desnutrição em idosos, as dicas a seguir podem ajudar. Atenção: nossas recomendações são feitas em caráter geral e não devem ser seguidas sem a orientação de um especialista:

  • Ao acordar, em jejum, tome meio limão em meio copo de água com meia colher de café de açafrão (o açafrão é ótimo para a imunidade);
  • No café da manhã: inclua pelo menos duas frutas, ou inclua uma e coma a outra ao longo do dia (mínimo de 2 porções de frutas ao longo do dia;
  • Prefira manteiga (de leite) à margarina (vegetal);
  • Inclua pelo menos uma porção de laticínios ou uma porção de ovos (uma ou duas unidades) por dia na dieta;
  • No almoço: monte pratos coloridos com pelo menos 2 porções de verduras cruas e mais 2 opções de folhas escuras (brócolis, couve, mostarda, espinafre, rúcula, almeirão ou outra);
  • Coma pelo menos uma porção de peixes ao longo da semana, preferencialmente duas;
  • Inclua pelo menos uma porção de aveia por dia na dieta: que tal duas colheres de sopa de aveia em flocos finos numa salada de frutas no meio da tarde; ou num mingau (as mesmas duas colheres em meio copo de leite mexido em fogo baixo até ferver e engrossar), servido num prato fundo sobre uma banana amassada, adoçado com uma colher de chá de mel de abelhas e salpicado com canela em pó (excelente para o café da manhã ou para substituir o jantar);
  • Troque o jantar por lanches mais leves e inclua o consumo de castanhas e azeite de oliva nestes;
  • Evite alimentos industrializados como presunto e embutidos;

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