Conheça a bolsa de colostomia em idosos com problemas intestinais

A colocação de uma bolsa de colostomia pode ser necessária caso haja problemas graves no trato intestinal, geralmente causados por traumas, acidentes e algumas doenças. Conheça mais sobre este recurso no Blogdocuidado.

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Colostomia: o que é?

É um procedimento cirúrgico (ostomia) com a finalidade de desviar o trânsito intestinal através de um canal (estoma) que desemboca na parede abdominal.

A realização de uma colostomia pode ser necessária caso haja problemas graves no trato intestinal, geralmente causados por traumas, acidentes e algumas doenças (câncer ou doença de Crohn, por exemplo).

Essa condição pode ser temporária ou definitiva. O paciente dependerá do uso de um dispositivo que será acoplado externamente para armazenar o conteúdo fecal, a chamada bolsa de colostomia.

É importante citar que, independente da condição de saúde do paciente, uma cirurgia é sempre um procedimento arriscado. Cirurgias intestinais mais ainda, pois tratam de um órgão permanentemente colonizado por micro-organismos capazes de contaminar a cavidade abdominal.

Mesmo com boa perícia do cirurgião podem evoluir infecções no pós cirúrgico, por isso a responsabilidade de familiares e cuidadores aumenta, afim de garantir que as atividades de vida diária (AVD) do paciente recém operado não gerem complicações extras.

Uso de bolsas de colostomia

O orifício resultante da cirurgia (estoma) pode manter conectado o intestino delgado (ileostomia) ou a intestino grosso (colostomia) ao exterior.

O estoma apresenta tecido da mucosa intestinal, que tem cor vermelho brilhante. A pele ao redor do estoma deve estar sempre limpa e íntegra para uma aderência eficiente da placa adesiva que compõe a bolsa de colostomia.

Manutenção da bolsa de colostomia

A higiene da bolsa é um procedimento simples e pode ser realizado pelo próprio paciente se tiver condições, pois trata-se de simplesmente esvaziar o conteúdo fecal no vaso sanitário e lavar seu interior com água e sabão.

A troca da bolsa pode ser realizada após o período de alguns dias (uma semana ou conforme orientação da equipe médica), ou quando necessário.

Seu esvaziamento deve ocorrer várias vezes ao dia: de 4 a 6 vezes, ou sempre que necessário. A extremidade oposta ao estoma (canal para expulsão das fezes) é para saída do material, sendo normalmente ocluída por uma pinça.

A pele ao redor do estoma deve estar bem higienizada antes da fixação da bolsa de colostomia.

Importante: a bolsa tem uma extremidade circular com material adesivo que deve ser fixado envolvendo o estoma totalmente, sem estrangulá-lo e nem deixar espaço entre o adesivo e a pele.

Esse cuidado é essencial porque evita a maioria das complicações. As fezes em contato direto com a pele causam irritação (dermatite ou popularmente “assaduras”) que dificulta a fixação da bolsa e podem abrir focos de infecção.

Cuidados com a bolsa de colostomia

Além dos cuidados já citados, é importante manter uma dieta equilibrada evitando alto consumo de alimentos que provoquem gases (feijão, ovos, líquidos gasosos) e odor forte nas fezes (alho, cebola, repolho).

Ao sair de casa, o cuidador deve se precaver com pelo menos uma peça de roupa avulsa, além de materiais para higienizar ou trocar a bolsa.

Complicações com a bolsa de colostomia

Como o cuidador de idosos pode ajudar na prevenção de complicações:

  • Realizando o esvaziamento da bolsa e a limpeza sempre que preciso. Deve-se saber que o fluxo das fezes para a bolsa é contínuo e não é controlado pelo paciente;
  • Evitando que a bolsa fique muito cheia. A limpeza também contribui para controle do odor e para a manutenção do conforto da pessoa assistida.

Higiene do cuidador

A higiene das mãos de quem realizará a limpeza e a troca da bolsa deve ser rigorosa, antes e depois do procedimento, para controle de infecções e evitar contaminação do ambiente. Deve-se utilizar luvas descartáveis sempre.

Boas práticas com bolsas de colostomia

Manter a pele seca ao redor do estoma é um detalhe muitas vezes negligenciado por imprudência, imperícia ou desconhecimento. O trabalho de uma equipe qualificada é essencial para o sucesso no pós operatório tardio, quando o assistido encontra-se de volta ao seu lar.

Se precisar de ajuda de cuidadores profissionais, conte com a Acvida.

Cuidados gerais para função intestinal

É importante citar que um trato gastrointestinal bem cuidado é capaz de evitar diversas doenças, inclusive algumas capazes de gerar a necessidade da colocação de uma bolsa de colostomia, além de prestar importante papel na imunidade do corpo. Por isso, recomendamos:

  • Beber bastante água e outros líquidos de forma espaçada ao longo do dia;
  • Consumir alimentos com fibras (integrais e vegetais);
  • Reeducação para cultivar o hábito de evacuar diariamente, preferencialmente no mesmo horário;
  • Aumentar a mobilidade do paciente: estilos de vida mais ativos ajudam no funcionamento intestinal;
  • Realizar massagens no abdômen pode estimular os movimentos do intestino e facilitar a evacuação (consulte seu médico sobre a forma correta de fazê-lo);
  • Programar rotinas com exercícios de toalete diários, para promover a evacuação regular (consulte seu médico);
  • Comunicar o médico e/ou a família em caso de diarreia persistente, prisão de ventre frequente, sangramentos, fissuras anais, odor forte (além do normal) nas fezes, dor e prurido no ânus, e presença de parasitas nas fezes.

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Respostas de 6

    1. Olá Liliane, como vai? A troca da bolsa de colostomia pode ser realizada por qualquer pessoa devidamente treinada. Sugerimos que procure a equipe responsável pela instalação da bolsa para instruções.

    1. Olá, obrigado por acompanhar o Blog da Acvida. As orientações que fazemos tem caráter geral, ou seja, não substituem uma avaliação personalizada de um profissional competente. Por isso, sugerimos que procure um enfermeiro.

  1. Toda cirurgia de intestino é indicado colocar a bolsa? Minha mãe fez e não colocaram e acabou gerando uma infecção na cirurgia.

    1. Olá, obrigado por acompanhar o Blog da Acvida. As orientações que fazemos tem caráter geral, ou seja, não substituem uma avaliação personalizada de um profissional competente. Por isso, sugerimos que procure um médico.

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