Relação entre idosos e animais

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A relação entre idosos e animais é o tema do artigo de hoje com foco no bem estar do idoso. Como a presença de um animal de estimação pode ser um estímulo para a terceira idade.

Perda de animais de estimação

Eu me encontrava em uma clínica de pets e uma senhora idosa subiu as escadas acompanhada de sua cuidadora.

Em seus braços, um cão, enrolado em um pano como se fosse um filho, não reagia mais. Seu choro convulsivo me tocou profundamente. Muito na vida daquela idosa, certamente, se modificaria a partir de então.

Chorei junto, pois aquela emoção empática, mexeu com meus sentimentos de dor pela perda e de solidariedade. Eu já perdera tantos pets… sabia o que ela sentia.

Ter tido uma infância rodeada de animais fora muito importante para que o sentimento pelo humano também fosse ampliado. A importância do desenvolvimento da empatia. Fundamental para nossa vida social.

Convivência com animais

É sempre importante convivermos com animais desde crianças, pois assim eles aprenderão a compreender as solicitações, de forma natural e sem esforço, apenas observando os nossos movimentos.

Nós também aprendemos a decodificar a linguagem corporal de nosso pet e assim compreenderemos melhor os motivos das ações das pessoas. Isso influenciará no desenvolvimento da empatia, tão fundamental em nossa convivência social. 

Desenvolvimento cognitivo

Estudos revelam que, além do desenvolvimento cognitivo, o relacionamento com animais pode estimular a nossa capacidade perceptiva e cognitiva.

Interagir com eles possibilita à criança uma maneira de experimentar o mundo físico e social, e a relação entre idosos e animais interfere no seu bem-estar, reduz a solidão, estimula os movimentos corporais e as caminhadas tão fundamentais para que não atrofiem os movimentos.

O amor com os pets torna-se incondicional. Recebemos estímulo sensorial, sensação de segurança (muitas vezes dá segurança) e estabelece uma relação de confiança. 

Relação entre idosos e animais

Responsabilizar-se por um pet estimula também o autocuidado nas pessoas. Em um idoso, torna-se um motivo para ter que estar bem, pois precisa cuidar de seu bichinho de estimação. Saberá que, se não o cuidar, perderá um afeto importante em sua vida e a solidão será maior.

Cuidar de um pet melhora o humor e gera prazer de viver, sempre válidos e cada vez mais necessário em tempos que vivemos tão complexos e difíceis, especialmente para idosos e seus cuidadores.

Cuidado com o estresse do cuidador 

Ao cuidador, um animalzinho poderá ser sentido como sobrecarga, afinal, nem sempre ele estará disposto a colaborar com o idoso cuidando do animal, limpando sua caixinha ou saindo para o passeio necessário.

Poderá até se irritar. No entanto, isso pode ser bom, pois em vez de demonstrar seu cansaço no cuidado do idoso, descarregará suas irritações e aliviará também seu estresse. 

Um pet ouve e não reclama, logo esquece o ocorrido e demonstrará seu afeto como se nada tivesse ocorrido. Além disso, respirar um ar fora de casa também lhe fará bem, pois poderão lhe causar relaxamento, encontrar outras pessoas, muitas coisas. 

Animais são terapêuticos 

“Estimular a relação entre idosos e animais pode ser um gatilho para tornar a casa do idoso um ambiente mais alegre. Reconhecidamente, crianças e bichos de estimação ajudam a evitar problemas como a depressão.”

Adriano Machado, fundador da Acvida Cuidadores

Pessoas em casas de cuidados ou internadas para tratamento de saúde ou em casas para idosos longe de suas referências familiares, se beneficiam da presença de um bicho, seja ele um cão, um gato, um coelho ou até uma ave, mesmo que não seja seu.

Nos Estados Unidos, além de cachorros que previnem crises de diabetes ou de epilepsia, existem os cães-guia para cegos, surdos e portadores de Mal de Parkinson. Há aqueles que são usados em serviços psiquiátricos, treinados para serem acompanhantes de pessoas com transtorno de ansiedade.

Os animais alertam para a iminência de surtos, já que tais pessoas podem até perder a capacidade de reconhecer seu próprio estado mental.

Leitura recomendada:

Companheiros poderosos, de Renata Tschiedel, revista O Cuidador 29, encontre na loja virtual online da autora e compreenda sobre “pets e a linguagem da alma”. 

DICA ACVIDA CUIDADORES: antes de iniciar a relação entre idosos e animais (trazer um bicho para casa), certifique-se que problemas como alergias foram antecipados, ou seja, consulte seu médico para saber se o animal não pode trazer riscos à saúde do idoso.

Saiba mais sobre Marilice Costi: a nova autora do Blogdocuidado

Criou a plataforma Cuidaqui.com com artigos e livros sobre o cuidado. Atende online em oficinas de Arteterapia, literatura, pintura em grupo ou individual. Trata pacientes com bloqueio na escrita. Atende: cuidadores, familiares, idosos, professores, pacientes oncológicos, com traumas e transtornos e variada faixa etária.

Seus livros e premiações:

  • As palavras e o cuidado – Arteterapia e Literatura (2018 – criatividade, oficina e cuidado);
  • A fábula do cuidador (2016 – fábula para o cuidado), um texto leve e repleto de metáforas, que resgata nosso imaginário infantil e nos posiciona adultos, reforça a importância do cuidado e do autocuidado no direito do cuidador de ser feliz;
  • Gatilho nas palavras (2012 – ficção – relacionamento na internet);
  • Tempos Frágeis (2009 – contos sobre singularidades);
  • Como controlar os lobos? proteção para nossos filhos com problemas mentais (2000 – Psicologia, relato e denúncia no cuidado familiar);
  • A influência da luz e da cor em corredores e salas de espera hospitalares (2002- arquitetura);
  • Ressurgimento (Prêmio Açorianos – Poesia 2006);
  • Clichês domésticos (1994 – poesia no cotidiano da mulher);
  • Mulher ponto inicial (1985 – poesia e erotismo);
  • Prêmios: Poemas nos ônibus, Histórias do Trabalho, Prêmio Nacional Mário Quintana, Prêmio Brasil Criativo, 2014, revista O Cuidador (finalista). 

Ministra cursos, workshops e dá palestras.  É membro da Academia Literária Feminina do Rio Grande do Sul.

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