Ferida em idosos que não cicatrizam: orientações para cuidadores de idosos e familiares

Ferida em idosos que não cicatrizam na pele podem ocorrer de forma acidental ou decorrentes de intervenções cirúrgicas e problemas de saúde. É fundamental para cuidadores e familiares de idosos dependentes saber como realizar a higienização, para minimizar as chances de complicações.

Uma das dúvidas mais frequentes é sobre quais profissionais estão habilitados a realizar os cuidados com o ferimento. Saiba mais no Blogdocuidado.

Leia também:

Existe diferença entre velho e idoso?

O que uma cuidadora de idosos faz no dia a dia?

Escaras em idosos são um problema grave mas evitável

Feridas em idosos acamados: 5 dicas práticas para evitar

O que é a ferida em idosos que não cicatrizam?

Antes de seguirmos adiante, precisamos compreender bem o que é a ferida em idosos que não cicatrizam e como elas se revelam na estrutura da pele humana. Para tanto, devemos considerar que há duas camadas básicas que protegem o nosso corpo: a derme e a epiderme.

A derme é mais profunda e abriga glândulas com funções lubrificantes e bactericidas. Já a epiderme é a camada externa, responsável por proteger o corpo contra a entrada de micro-organismos, a dessecação (perda de umidade) e o atrito.

Ferida em idosos que não cicatrizam são consideradas falhas na integridade dessas estruturas da pele. Dependendo da profundidade e complexidade do ferimento, determinamos qual é o seu tipo.

Principais tipos de feridas expostas

  • Superficiais X Profundas: feridas expostas profundas atingem a epiderme e a derme. Em alguns casos, outras estruturas também são afetadas, como os músculos, as cartilagens, vasos sanguíneos, tendões e ossos. Já as superficiais atingem somente a epiderme e têm uma cicatrização mais simples;
  • Escoriações: é o popular “ralado” na pele que pode vir a atingir tanto a epiderme como mucosas, gerando sangramentos e dores intensas devido à agressão de terminações nervosas;
  • Ferimentos corto-contusos: são ocasionados por objetos cortantes e variam conforme o grau de profundidade da lesão;
  • Esmagamentos: embora nem sempre representem um rompimento total dos tecidos, podem levar à deformidade e à perda de funções do membro ou região afetada;
  • Feridas agudas ou crônicas: são feridas constantes ou recorrentes, normalmente associadas à diabetes mellitus, embora também possam surgir devido a hipertensão arterial, neoplasias, hanseníase, úlceras e outras doenças.

Particularmente graves e comuns são aquelas ferida em idosos que não cicatrizam relacionada à diabetes, que podem ocasionar amputações de membros, algo que pode ser prevenido (na maioria dos casos) com um cuidado adequado.

Cuidados com ferida em idosos que não cicatrizam

Os cuidados com ferida em idosos que não cicatrizam devem ser feitos somente por profissionais da saúde habilitados, ou sob a estrita orientação destes.

Os cuidados mais comuns incluem:

  • Limpeza com água potável e sabão neutro;
  • Uso de solução salina ou soro fisiológico para higienização de feridas expostas sem provocar efeitos colaterais;
  • Uso de soluções antissépticas ou antibacterianas conforme prescrição médica;
  • Coberturas para feridas expostas: são substâncias fluidas ou em placas, devidamente aprovadas pelo Ministério da Saúde, prescritas por profissional de saúde mediante uma avaliação criteriosa;
  • Espumas de poliuretano: são produtos indicados quando a ferida libera exsudato (fluído inflamatório) pois protegem a estrutura da pele, além de reduzirem a dor;
  • Hidrogéis: são usualmente recomendados para os cuidados de feridas e úlceras para a hidratação da pele necrosada;
  • Hidrocoloides: são curativos gelatinosos ou pastosos que preenchem cavidades de feridas expostas e reduzem a dor, usados em casos especiais;
  • Plásticos filme: são usados em alguns casos para compor uma das camadas de um curativo, em especial quando há a necessidade de manter a região úmida;
  • Curativos: normalmente feitos com gazes e esparadrapos, demandam ao menos 3 trocas diárias e extremo cuidado para não deixar resíduos (como fiapos) nos ferimentos, resíduos estes que podem favorecer infecções.

Fatores que podem interferir na cicatrização

Diversos fatores interferem diretamente na cicatrização plena de ferida em idosos que não cicatrizam. Um dos principais é prestar uma assistência profissional adequada ao paciente, com todos os cuidados técnicos necessários para que o caso não evolua para uma situação crônica ou aguda, que pode exigir amputação em casos mais graves.

É fundamental estar atento às recomendações da equipe assistente (médica e de enfermagem), à higiene do paciente e do local onde ele está, além do uso de luvas e outros artigos de proteção individual para evitar a contaminação tanto de quem manuseia a ferida, quando do local da ferida.

Ferida em idosos que não cicatrizam e o cuidador de idosos

Medicamentos devem ser administrados com rigor, assim como o controle da alimentação e da ingestão de líquidos pelo paciente, com vistas à manutenção de suas atividades de vida diárias, e com isso de sua saúde geral.

Garantir que o paciente tenha a melhor qualidade de vida que sua condição permite é responsabilidade de cuidadores de idosos, sejam estes familiares ou profissionais contratados. É desta forma, prestando cuidados paliativos, que o cuidador pode ajudar na recuperação de ferida em idosos que não cicatrizam.

ATENÇÃO: Um cuidador não deve cuidar de ferida em idosos que não cicatrizam sem orientação de um responsável direto competente.

Se precisar de ajuda para um cuidado paliativo de excelência para seu ente querido, conte com a Acvida Cuidadores.

Uma resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Preencha o formulário e nossa equipe entrará em contato com você