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Cuidador pode usar celular no trabalho? O empregador pode proibir o uso do aparelho dentro de sua residência? Algum tipo de penalidade pode ser aplicada aos cuidadores de idosos que desrespeitem as regras e coloquem os idosos em risco? Confira no artigo de hoje.
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O uso indevido do celular no ambiente de trabalho é um hábito que leva profissionais à quedas de produtividade e até a acidentes. Para cuidadores de idosos, a situação não é diferente.
Atualmente, o aparelho se tornou um indispensável ao dia a dia. Mas, infelizmente, muitos se deixam levar pelos atrativos das telinhas e se tornam escravas destas, prejudicando suas atividades no trabalho e até mesmo a convivência familiar.
Se o telefone celular pessoal estiver prejudicando o desempenho do profissional cuidador, ou se em função deste as tarefas exigidas deixarem de ser cumpridas, o contratante (empregador do cuidador) pode punir o empregado. Deve-se começar por um comunicado verbal, passando por uma advertência escrita, e aos reincidentes isto pode levar a uma suspensão ou até demissão por justa causa.
É importante que as limitações (ou proibição total ) ao uso do aparelho constem nos contratos de trabalho, ou ainda nos comunicados regulares (por mensagens) que a família mantém com seus cuidadores. Para saber mais dos detalhes legais dos contratos de trabalho, conheça nossa contabilidade para quem emprega cuidadores de idosos.
A seguir, listamos os principais problemas que levam patrões a se indispor com seus empregados domésticos (cuidadores inclusive).
Nove dentre dez famílias que contratam cuidadores de idosos reclamam que o profissional dá mais atenção ao celular do que ao idoso. E não é apenas no Brasil, já ouvimos relatos em países tão distintos quanto os Estados Unidos, Argentina e Índia.
Assistir a vídeos, ouvir músicas, ler textos longos (no celular ou através de qualquer meio como TVs e revistas), tudo isso tira a atenção do cuidador de quem mais precisa: o idoso.
Se existe um cuidador, é por que existe alguém a ser cuidado. Por isso profissional, dedique toda a sua atenção a ele(a), esta é a melhor forma de alcançar segurança em seu emprego.
Como no caso dos aplicativos de mensagem, tal qual o Whatsapp, o cuidador jamais deve dedicar sua atenção (enquanto no trabalho) a outro que não seja seu idoso(a).
O uso de fones de ouvido pode colocar a pessoa assistida em risco, por exemplo, se o cuidador usando o fone não for capaz de ouvir um pedido de socorro. Assim como é proibido dirigir carros fazendo o uso destes dispositivos, o mesmo deve ser cobrado daqueles que acompanham alguém impossibilitado de realizar o autocuidado.
Falar alto no ambiente profissional (no caso do cuidador doméstico, seu local de trabalho é a casa da pessoa assistida), as populares “falas altas”, é desagradável. Mesmo que a família tenha um tom de voz mais alto entre seus membros, não quer dizer que tolera o mesmo comportamento por parte de seus cuidadores.
Ao falar alto, o profissional pode se tornar indiscreto e perturbar a paz do lar do idoso, prestando um desserviço ao idoso. Nada de “eu sou assim mesmo”: todos devem se policiar para evitar hábitos ruins como este.
Mesmo se a família permitir o uso do telefone, o que deve sempre ser solicitado formalmente pelo empregado, o aparelho deve permanecer no modo silencioso.
Mesma situação anterior, com o agravante de que as músicas que agradam os cuidadores podem ser consideradas indiscretas pelos moradores da casa (o que aumenta o problema).
Música na casa do idoso? Apenas se ele ou a família permitir, no volume que lhes agradar e dentro de seu repertório predileto.
Cuidador: se algum familiar, inadvertidamente, lhe pedir para colocar músicas para o idoso em seu celular pessoal, diga que um profissional jamais deve usar o celular perto de quem cuida. Utilize os recursos da casa como aparelhos de som, televisores, ou mesmo o celular da casa (detalhes a seguir).
As pessoas, em geral, são contratadas por suas habilidades mas dispensadas por seus comportamentos. Essa máxima é antiga conhecida dos profissionais de recrutamento e seleção, mas muitas vezes ignorada por quem é recrutado.
É essencial a qualquer profissional, inclusive o cuidador de idosos, compreender que competência não é vantagem competitiva, é requisito. Por isso, para fazer-se alguém essencial no cuidado ao idoso, o cuidador deve focar em comportamentos adequados no ambiente familiar de seus idosos.
Como tudo em que há exageros, o uso do celular se tornou um dos grandes vilões nas relações de trabalho. Com o cuidador de idosos, para a infelicidade de muitas famílias, não é diferente.
Não basta exigir bom senso do profissional, deve-se estabelecer limites. Na falta de respeito a estes, é melhor vedar (proibir) o uso do celular na residência de idosos e pessoas dependentes de cuidadores.
Finalizo com um vídeo que gravei em 2015 (o tema não é novo) e que traz dicas sobre o sucesso profissional do cuidador.
Espero que seja útil, um abraço a todos.
3 Comments
Não concordo usar celular no emprego
Gostaria de trabalhar com vocês como cuidador de idoso
Olá Jucely, por favor acesse http://www.seletivacuidador.com.br e faça seu cadastro.