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A realização de uma colostomia pode ser necessária caso haja problemas graves no trato intestinal, geralmente causados por traumas, acidentes e algumas doenças (câncer ou doença de Crohn, por exemplo). Conheça mais sobre este recurso com que podem se deparar os cuidadores de idosos.
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É um procedimento cirúrgico (ostomia) com a finalidade de desviar o trânsito intestinal através de um canal externamente à parede abdominal. Essa condição pode ser temporária ou definitiva. O paciente dependerá do uso de um dispositivo que será acoplado externamente para armazenar o conteúdo fecal, a chamada bolsa de colostomia.
É importante citar que, independente da condição de saúde do paciente, uma cirurgia é sempre um procedimento arriscado. Cirurgias intestinais mais ainda, pois tratam de um órgão permanentemente colonizado por micro-organismos capazes de contaminar a cavidade abdominal do paciente.
Mesmo com boa perícia do cirurgião, podem evoluir infecções no pós-cirúrgico, por isso a responsabilidade de familiares e cuidadores aumenta, afim de garantir que as novas atividades de vida diária (AVD) do paciente recém operado não gerem complicações extras.
A higiene da bolsa é um procedimento simples e pode ser realizado pelo próprio paciente se tiver condições, pois trata-se de simplesmente esvaziar o conteúdo fecal no vaso sanitário e lavar seu interior com água e sabão.
A troca da bolsa pode ser realizada geralmente a cada 4 dias ou quando necessário, e seu esvaziamento deve ocorrer várias vezes ao dia (detalhes no próximo tópico). A pele ao redor da ostomia e o estoma (canal para expulsão das fezes) devem estar bem higienizados antes da fixação da nova bolsa.
A bolsa tem uma extremidade circular com material adesivo que deve ser fixado envolvendo o estoma totalmente, sem estrangulá-lo e nem deixar espaço entre o adesivo e a pele.
Esse cuidado é extremamente importante porque evita a maioria das complicações, pois as fezes em contato direto com a pele causam irritação (dermatite ou popularmente “assaduras”) que dificulta a fixação da bolsa e podem abrir focos de infecção.
A outra extremidade é para saída do material e será ocluída por uma pinça.
Como o cuidador pode ajudar na prevenção: o esvaziamento da bolsa e limpeza devem ser realizados sempre que preciso. Pode ser necessário realizar isso várias vezes ao dia pois o fluxo das fezes para a bolsa é contínuo e não é controlado pelo paciente.
Deve-se evitar que a bolsa fique muito cheia e a limpeza será sempre necessária após o esvaziamento também para controle do odor e manutenção do conforto da pessoa assistida.
A higiene das mãos de quem realizará a limpeza e a troca da bolsa deve ser rigorosa, antes e depois do procedimento, para controle de infecções e contaminações do ambiente. Deve-se utilizar luvas descartáveis ao fazê-lo.
Alguns pacientes idosos podem ter indicação para a realização do procedimento que carece de higiene rigorosa e cuidados adequados, fundamentais para garantir que o tratamento não gere mais complicações.
Manter a higiene e a pele seca ao redor do estoma são detalhes simples e também muito negligenciados por imprudência, imperícia ou desconhecimento. O trabalho de uma equipe de cuidadores qualificados é essencial para o sucesso no pós operatório tardio, quando o assistido encontra-se de volta ao seu lar.
Se restar alguma dúvida sobre a colostomia, a sobrevida e o cuidado ao paciente após o procedimento, não hesite em deixar seus comentários abaixo. Responderemos a todas as dúvidas.